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sábado, 23 de julho de 2011

Treinamento das Gueixas.









Oi pessoal. Desculpem pela enorme demora de postar, mas estou muito ocupada. 
Como prometido dessa vez trago para vocês o difícil treinamento das Gueixas.


Tradicionalmente, uma gueixa iniciaria o seu treino em tenra idade. Não obstante algumas delas serem vendidas para casas de gueixas (okiya) ainda muito novas, esta não era uma prática comum nos distritos de melhor reputação. Era frequente, porém, que as filhas de gueixas se tornassem gueixas também, como sucessoras (atatori, que significa herdeiro).
O primeiro estágio deste treino designava-se por shikomi. Assim que as raparigas chegavam à okiyaa, eram colocadas ao serviço doméstico, realizando as tarefas domésticas tal como as criadas. O trabalho era propositadamente difícil para forçar a transformação das raparigas à nova casa, e à nova vida que se lhe apresentaria pela frente. A shikomi mais nova estaria encarregue de esperar acordada pela gueixa mais velha à noite, enquanto esta não regressasse dos seus compromissos, muitas vezes para além das duas e três da madrugada. Durante este estágio, a shikomi frequentaria as aulas na escola de gueixas da sua zona (hanamachi). Actualmente, este estágio persiste, principalmente para acostumar as raparigas ao dialecto tradicional, tradições e vestuário dos karyūkai.
Assim que se verificasse a proeficiência artística da aprendiza, e completasse este estágio mediante um difícil exame final de dança, a iniciada passaria ao segundo estágio: minarai. Neste nível, a minarai é dispensada dos deveres domésticos para desenvolver e exercitar o treino anterior, já fora de casa e da escola, seguindo o exemplo de uma gueixa mais experiente — a sua onee-san, ou "irmã mais velha" — cuja ligação simbólica é celebrada através de um ritual. Embora já participem em ozashiki (banquetes em que os convidados se fazem acompanhar de gueixas), não participam a um nível avançado; os seus quimonos, mais elaborados que os das maiko, são concebidos para deslumbrar quanto baste, para compensar. Embora as minarai já possam ser contratadas para festas, tipicamente não são convidadas para as festas em que a sua onee-san participe — são, porém, sempre bem-vindas. Tipicamente, uma minarai cobra 1/3 hanadai, e trabalha em conjunto com uma casa de chá (designada minarai-jaya), aprendendo com a oka-san, i.e., a proprietária. As técnicas desenvolvidas neste estágio não são sequer ensinadas na escola, já que o nível de conversação e brincadeiras só poderá ser desenvolvido através da prática. Este estágio dura, em média, apenas um mês.
Após um breve período, inicia-se o terceiro (e o mais famoso) estágio: maiko. As maiko são aprendizes de gueixa e podem permanecer neste estágio durante vários anos, aprendendo através da sua irmã mais velha e seguindo-as para os seus compromissos. A relação irmão mais velha/irmã mais nova (onee-san/imoto-san) torna-se, assim, de extrema importância, já que a movimentação adequada da maiko em toda a hanamachiirá depender da sua irmã mais velha, que já estabeleceu contactos e relações de amizade. Para além disso, é à onee-san que cabe a transmissão do saber entreter os convidados, como as técnicas de sedução, como servir o chá, jogar shamisen, dançar, manter uma conversa casual, e tudo o necessário para que a maiko se torne conhecida e solicitada para futuros convites a casas de chá e reuniões. A onee-san ajudará a aprendiza a escolher o seu nome profissional, tipicamente através de kanji ou símbolos relacionados com o seu nome.
Ao final de um período suficientemente longo, e dependendo da região — em Tóquio seriam seis meses, enquanto que em Quioto seriam cinco anos — a maiko é promovida a gueixa, passando a cobrar o preço por inteiro. Este é o último estágio e durará até ao final da sua carreira.





Fonte: http://japaofilia.blogspot.com/2010/05/gueixa-nao-e-puta.html

Beijinhos da Tenshi-senpai

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