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sábado, 23 de julho de 2011

Memórias de uma Gueixa. Afronta a cultura Japonesa.




Não se baseia com esse filme, foi feito por um americano.
“Memórias de uma Gueixa” gerou muita polêmica no Japão. Afirmando que não existem atrizes japonesas com bom inglês no mercado, Rob Marshall escalou duas chinesas (Zhang e Li) e uma malaia (Yeoh) para interpretar suas gueixas. Esta opção gerou quase uma crise diplomática em terras nipônicas quando foi anunciada. Imagine um filme sobre o carnaval carioca com atores argentinos! Pois bem, é assim que os japoneses estão se sentindo. Não era para ter atrizes japonesas com bom inglês e sim atrizes japonesas falando japonês. Depois que o cinema já chegou ao ponto de ter um filme todo falado em aramaico não dá mais para retroceder. Filme com atores orientais, passado no Japão, não dá para ser em inglês. Esta é a principal bola fora do longa de Marshall. 




Fonte: http://japaofilia.blogspot.com/2010/05/gueixa-nao-e-puta.html

Comentário: Achei muito legal essa curiosidade que o blog Japãofilia apresentou.


Beijinhos da Tenshi-senpai

Gueixa Moderna




A gueixa moderna ainda vive nas tradicionais casas chamadas okiya em áreas chamadas hanamachi (花街 "cidades de flor"), particularmente durante a sua aprendizagem. Muitas gueixas experientes que são bastante prósperas decidem viver independentemente. O elegante mundo de alta cultura de que a gueixa faz parte é chamado karyūkai ("a flor e mundo de salgueiro"). As mulheres jovens que desejam se tornar gueixas agora muitas vezes começam o seu treinamento depois de concluir o ensino fundamental ou até o ensino médio, com muitas mulheres que começam as suas carreiras na idade adulta. A gueixa ainda estuda instrumentos tradicionais como o shamisen, shakuhachi (flauta de bambu), e tambores, bem como canções tradicionais, dança tradicional japonesa, cerimônia de chá, literatura e poesia. Observando outra gueixa, e com ajuda do proprietário da casa de gueixa, as aprendizes também se tornam habilidosas nas complexas tradições ao redor, selecionando e usando quimono, e na relação com clientes.
Quioto é considerado, por muitos, o lugar onde a tradição de gueixa é a mais forte hoje em dia, inclusive Gion Kobu. A gueixa nesses distritos é conhecida como geiko. O Tóquio hanamachi de Shimbashi, Asakusa e Kagurazaka também é bem conhecido.
No Japão moderno, a gueixa e maiko são agora uma vista rara fora hanamachi. Nos anos 1920 houve mais de 80000 gueixa no Japão, mas hoje há muito menos. O número exato é desconhecido para estrangeiros, mas estima-se que esteja entre 1000 para 2000, maior parte na cidade resort de Atami. O mais comum é ver turistas que pagam uma taxa para se vestirem como uma maiko. Gueixa muitas vezes é contratada para assistir a festas e reuniões, tradicionalmente em casas de chá ou em restaurantes japoneses tradicionais (ryōtei). O seu tempo é medido pela queima de um bastão de incenso, chamado senkōdai ou gyokudai. Em Quioto os termos "ohana"e "hanadai" que significam "taxas de flor", são os preferidos. O cliente toma providências pelo escritório de união da gueixa (kenban), que guarda o horário de cada gueixa e faz as suas designações tanto para entretenimento quanto para o treinamento.


Fonte: http://japaofilia.blogspot.com/2010/05/gueixa-nao-e-puta.html

Beijinhos da Tenshi-senpai.

Treinamento das Gueixas.









Oi pessoal. Desculpem pela enorme demora de postar, mas estou muito ocupada. 
Como prometido dessa vez trago para vocês o difícil treinamento das Gueixas.


Tradicionalmente, uma gueixa iniciaria o seu treino em tenra idade. Não obstante algumas delas serem vendidas para casas de gueixas (okiya) ainda muito novas, esta não era uma prática comum nos distritos de melhor reputação. Era frequente, porém, que as filhas de gueixas se tornassem gueixas também, como sucessoras (atatori, que significa herdeiro).
O primeiro estágio deste treino designava-se por shikomi. Assim que as raparigas chegavam à okiyaa, eram colocadas ao serviço doméstico, realizando as tarefas domésticas tal como as criadas. O trabalho era propositadamente difícil para forçar a transformação das raparigas à nova casa, e à nova vida que se lhe apresentaria pela frente. A shikomi mais nova estaria encarregue de esperar acordada pela gueixa mais velha à noite, enquanto esta não regressasse dos seus compromissos, muitas vezes para além das duas e três da madrugada. Durante este estágio, a shikomi frequentaria as aulas na escola de gueixas da sua zona (hanamachi). Actualmente, este estágio persiste, principalmente para acostumar as raparigas ao dialecto tradicional, tradições e vestuário dos karyūkai.
Assim que se verificasse a proeficiência artística da aprendiza, e completasse este estágio mediante um difícil exame final de dança, a iniciada passaria ao segundo estágio: minarai. Neste nível, a minarai é dispensada dos deveres domésticos para desenvolver e exercitar o treino anterior, já fora de casa e da escola, seguindo o exemplo de uma gueixa mais experiente — a sua onee-san, ou "irmã mais velha" — cuja ligação simbólica é celebrada através de um ritual. Embora já participem em ozashiki (banquetes em que os convidados se fazem acompanhar de gueixas), não participam a um nível avançado; os seus quimonos, mais elaborados que os das maiko, são concebidos para deslumbrar quanto baste, para compensar. Embora as minarai já possam ser contratadas para festas, tipicamente não são convidadas para as festas em que a sua onee-san participe — são, porém, sempre bem-vindas. Tipicamente, uma minarai cobra 1/3 hanadai, e trabalha em conjunto com uma casa de chá (designada minarai-jaya), aprendendo com a oka-san, i.e., a proprietária. As técnicas desenvolvidas neste estágio não são sequer ensinadas na escola, já que o nível de conversação e brincadeiras só poderá ser desenvolvido através da prática. Este estágio dura, em média, apenas um mês.
Após um breve período, inicia-se o terceiro (e o mais famoso) estágio: maiko. As maiko são aprendizes de gueixa e podem permanecer neste estágio durante vários anos, aprendendo através da sua irmã mais velha e seguindo-as para os seus compromissos. A relação irmão mais velha/irmã mais nova (onee-san/imoto-san) torna-se, assim, de extrema importância, já que a movimentação adequada da maiko em toda a hanamachiirá depender da sua irmã mais velha, que já estabeleceu contactos e relações de amizade. Para além disso, é à onee-san que cabe a transmissão do saber entreter os convidados, como as técnicas de sedução, como servir o chá, jogar shamisen, dançar, manter uma conversa casual, e tudo o necessário para que a maiko se torne conhecida e solicitada para futuros convites a casas de chá e reuniões. A onee-san ajudará a aprendiza a escolher o seu nome profissional, tipicamente através de kanji ou símbolos relacionados com o seu nome.
Ao final de um período suficientemente longo, e dependendo da região — em Tóquio seriam seis meses, enquanto que em Quioto seriam cinco anos — a maiko é promovida a gueixa, passando a cobrar o preço por inteiro. Este é o último estágio e durará até ao final da sua carreira.





Fonte: http://japaofilia.blogspot.com/2010/05/gueixa-nao-e-puta.html

Beijinhos da Tenshi-senpai